domingo, 29 de novembro de 2020

EM BREVE NA CINEMATECA|Bernardo Santareno e o Cinema|DEZEMBRO 15 E 17 | LISBOA

 

Veja aqui

«Nascido em Santarém no dia 19 de novembro de 1920, Bernardo Santareno (pseudónimo literário de António Martinho do Rosário) veio para Lisboa em 1939 frequentar os cursos preparatórios para a Faculdade de Medicina, na Universidade de Lisboa. Em 1945, transferiu-se para a Universidade de Coimbra, e aí se licenciou em medicina psiquiátrica, em 1950. Iniciou a sua carreira profissional como médico, entre 1957 e 1958, a bordo dos navios que acompanhavam as campanhas de pesca do bacalhau (experiência que mais tarde daria origem ao livro Nos Mares do Fim do Mundo), ao mesmo tempo que se estreava na literatura como poeta para depois se assumir sobretudo como dramaturgo. As suas primeiras obras teatrais surgiram em 1957, num volume editado pelo autor e que agrupava A Promessa, O Bailarino e A Excomungada. Depois surgem O Lugre e O Crime de Aldeia Velha, ambas de 1959; António Marinheiro ou o Édipo de Alfama, de 1960; Os Anjos e o Sangue, O Duelo e O Pecado de João Agonia, de 1961; e Anunciação, de 1962, todas elas, na descrição do crítico e realizador Lauro António, “integrando uma estética muito pessoal, que aliava um realismo de características sociais a uma imagética poética, escolhendo temas onde a natureza humana era escalpelizada nos seus contrastes mais gritantes, com a paisagem natural por cenário privilegiado, condicionando o drama e mesmo a tragédia a que a ação quase sempre conduz.” O cinema português interessou-se pela obra de Santareno desde cedo – logo em 1964 Manuel Guimarães adapta O Crime da Aldeia Velha e, em 1973, a estreia da versão cinematográfica de António Macedo de A Promessa foi um dos sintomas da proximidade da mudança de regime em Portugal –, mas esse interesse pareceu esmorecer após o 25 de Abril e apenas a televisão lhe dedicou mais três adaptações de textos seus: Português, Escritor, 45 Anos de Idade, numa realização de Artur Ramos, em 1975, uma recriação de O Crime de Aldeia Velha, partindo de uma encenação de Carlos Avilez, em 1997, e, finalmente, em 1999, com a versão televisiva de VIDA BREVE EM TRÊS FOTOGRAFIAS, curta-metragem dirigida por Fátima Ribeiro que adapta um dos textos curtos de Os Marginais e a Revolução (o seu último livro publicado em vida pois morreria em 1980). Já em ano de centenário do nascimento, a obra de Santareno volta a conhecer a atenção do cinema com a adaptação do livro O Lugre ao formato duplo de filme e de série de televisão com realização de Artur Ribeiro e de Joaquim Leitão, respetivamente. Na Cinemateca, o Ciclo dará a ver O CRIME DA ALDEIA VELHA, A PROMESSA e a curta televisiva VIDA BREVE EM TRÊS FOTOGRAFIAS. Organizado em colaboração com as Comemorações Nacionais do Centenário de Bernardo Santareno, este programa deve a sua existência à atriz Fernanda Lapa, que dirigiu a iniciativa até à sua morte no passado mês de agosto. É também à sua memória que ele é agora dedicado».

sábado, 28 de novembro de 2020

O CENTENÁRIO BERNARDO SANTARENO CONTINUA|Colóquio on-line “Bernardo Santareno, 100 anos depois: ambivalências”|UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

 


«A Comissão Organizadora do Colóquio on-line “Bernardo Santareno, 100 anos depois: ambivalências” tem o prazer de divulgar a programação do evento, promovido pelo Programa de Pós-graduação em Literatura Portuguesa da FFLCH-USP e pelo Grupo de Estudos Teatrais Gambiarra.
Interessados em assistir ainda podem inscrever-se como ouvintes aqui:



BOAS NOTÍCIAS|«As sessões de O PUNHO, têm esgotado diariamente!»

 



«A obra de Bernardo Santareno está viva, aguardando dias mais atentos e justos»


 

Leia aqui

Aqui a intervenção na integra de Jerónimo de Sousa.



POLÉMICA | «Câmara de Santarém censura obra de arte de homenagem a Bernardo Santareno»





«A Câmara de Santarém censurou uma obra de arte de homenagem a Bernardo Santareno realizada no âmbito do Pictorin – Encontro Internacional de Artistas Plásticos. Trata-se da pintura de um mural que assinala o centenário do nascimento de Bernardo Santareno, um dos maiores dramaturgos portugueses de sempre, nascido há 100 anos em Santarém. A obra do artista João Domingos estava prevista inicialmente para um muro na rotunda Madre Andaluz, junto ao Santarém Hotel, mas devido à censura da Câmara, teve de ser realizada numa parede da Escola Superior de Educação, dentro do Complexo Andaluz. A vereadora da cultura Inês Barroso justificou publicamente a não autorização da pintura na rotunda dizendo que não gostou. Ana da Silva, da organização do Encontro Internacional de Artistas, explica neste vídeo as razões da polémica que tem agitado Santarém». Veja aqui.




«Parlamento saúda Bernardo Santareno»

 


«O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um voto de saudação apresentado pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, por ocasião do centenário do nascimento do dramaturgo Bernardo Santareno. (...)». Continue a ler.



quinta-feira, 19 de novembro de 2020

HOJE 19 NOVEMBRO 2020 | centenário do nascimento de Bernardo Santareno | VEJA INICIATIVAS QUE HOJE O ASSINALAM OU EM BREVE

 






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 INICIATIVAS















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SAIBA MAIS






domingo, 1 de novembro de 2020

ATIVIDADES PARALELAS AO ESPECTÁCULO «O PUNHO»

 


Veja aqui



O CENTENARIO SANTARENO CONTINUA|ESCOLA DE MULHERES|«O Punho»|ESTREIA|19 NOV 2020

 

    O Punho - ensaio foto de José Manuel Marques

Conforme o Dossier de Imprensa:

O espetáculo, O PUNHO, a partir da obra homónima de Bernardo Santareno será a última produção de 2020 da Escola de Mulheres, aquela que é a última versão cénica com assinatura de Fernanda Lapa. A estreia está agendada para a data de aniversário no nascimento do dramaturgo, 19 de novembro. Marta Lapa e Ruy Malheiro assumem a direção artística deste projeto, numa encenação coletiva, por manifesta vontade de Fernanda Lapa que definiu, ainda em vida, a equipa artística e técnica bem como o espaço cénico e figurinos desta criação.



sinopse 

Na derradeira peça de Bernardo Santareno (1980), O Punho, o motor central da ação é a luta de classes no contexto da Reforma Agrária no Alentejo. As duas personagens principais – a camponesa Maria do Sacramento e a latifundiária D. Mafalda são, simultaneamente, protagonistas e antagonistas. Duas mulheres fortíssimas em lados opostos da barricada e que são das mais belas e comoventes personagens do teatro português. A ação passa-se no antes, durante e depois da Reforma Agrária – 3 anos. Este período marcante e fraturante da história de Portugal dos anos 70 e que, atualmente, quase se tornou um tabu, é aqui transposta para a cena teatral sem maniqueísmos, ressalvando a humanidade das personagens levadas a agir pelo seu sentido de classe, pelo sofrimento e pelos afetos. Um Coro trágico vai sublinhando ou suscitando a ação à maneira dos Gregos.


Saiba mais: