domingo, 29 de março de 2020

«Cartas Extraordinárias a Bernardo Santareno | Workshop de Escrita Criativa»





«É UM BOM EXEMPLO PARA QUE TODAS AS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS NO PROJETO FILMEM OU DOCUMENTEM DE ALGUM MODO AS SUAS ACTIVIDADES, PARA MEMÓRIA FUTURA».





sábado, 28 de março de 2020

NO DIA MUNDIAL DO TEATRO | Bernardo Santareno foi «Imagem do Dia» no Jornal Online «abril/abril»



No Dia Mundial do Teatro, lembramos o dramaturgo Bernardo Santareno, cujo centenário se celebra este ano. Figura de primeiro plano do teatro português, assumiu uma escrita essencialmente de denúncia, atenta à realidade do País e visando uma consciência social. Foi perseguido pelo regime fascista, tendo algumas das suas peças sido proibidas. «Se há pessoa mais ansiosa desse sentimento de aproximação, de comunicabilidade com o público, de amor, na ideia mais lata do termo, é o dramaturgo, que não prescinde dessa fusão carnal que constituem os elementos do teatro».


segunda-feira, 23 de março de 2020

SORTE EM TEMPO DE CRISE | OS ARTISTAS UNIDOS VÃO FAZER «RESTOS» E DESTE MODO LANÇAM AS SUAS INICIATIVAS SANTARENO| «Na sexta-feira, 27 de Março é Dia Mundial do Teatro. E o que conseguimos fazer é ler RESTOS, um dos últimos textos de Bernardo Santareno. No Teatro Sem Fios da Antena 2, pelas 19h00. Assim iniciamos as comemorações do Centenário. Com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores»


Restos de Bernardo Santareno
Apoio Sociedade Portuguesa de Autores
Com Inês Pereira, João Estima e Nuno Gonçalo Rodrigues Direcção Pedro Carraca 

 Apoio Sociedade Portuguesa de Autores

Na Antena 2, 27 de Março às 19h00 
Repete a 5 de Abril às 14h00 e a 10 de Abril às 

Um rapaz e uma rapariga num quarto desarrumado. Vamos sabendo um pouco das suas origens, dos seus percursos. Da droga em que se refugiaram naqueles anos de desencanto depois da Revolução. 
Pois, estes são os jovens que não lutaram, que nunca tiveram esperança.
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No final dos anos 70, Bernardo Santareno escreve várias peças curtas que agrupa sob o título Os Marginais e a Revolução (1979): A Confissão, Monsanto, Vida Breve em Três Fotografias; Restos é a derradeira. Nenhuma esperança aqui. Nem alegria. Estamos no refluxo da vida, são "cadáveres adiados que procriam".



quarta-feira, 18 de março de 2020

DO BRASIL| EDITORA TODAS AS MUSAS|«O Teatro de Bernardo Santareno»




«Homem com profundo conhecimento do catolicismo; homem que não acredita na predestinação (seja ela o símbolo do pecado original cometido ou da hierarquia social a ser cumprida); homem que vê, na volta à sexualidade instintiva e na ligação do ser com a terra, uma forma de ascese; homem que encontra no comunismo a possibilidade de uma elevação da sociedade. Dramaturgo português, enfim, que traz às suas peças o direito de denunciar e compreender o que traz agonia e desespero aos portugueses e a todos os homens que viveram ou vivem culturas semelhantes à lusitana».





Sinopse

Fruto do trabalho de professores de renomadas instituições de ensino do Brasil e de Portugal, o livro estuda o teatro de Bernardo Santareno, um dos mais importantes dramaturgos portugueses do século XX, que escreveu peças que denunciam e desvelam o que traz agonia e desespero aos portugueses e a todos os homens que viveram ou vivem em culturas semelhantes à lusitana dos tempos do autor.

“Em Santareno, o indivíduo surge, regra geral, em conflito com a lei enquanto reflexo do ordenamento jurídico institucionalizado ou apenas manifestação de uma ancestral vinculação consuetudinária.
Porém, o mal, a perversidade, a progressiva perda da pureza originária faz com que a lei, procurando a sua fundamentação essencial no bem, perca, na usura do cotidiano, o seu sentido mais absoluto, dela não restando, na maior parte das vezes, mais do que a face visível e hipócrita da sua formalização institucional.
O homem parece, assim, condenado a conviver com a lei, enquanto aparência inquinada de uma originária carta de conduta que, apesar de visar o bem coletivo e individual, na prática, não consegue superar as barreiras que se levantam. O homem não tem grande escolha...
Será sempre um ser desajustado; um anjo ferido...
Como já se disse, perante uma lei que só pela força se mantém, resta-lhe procurar a realização do melhor enquanto reflexo do bem possível e justo”.
José Oliveira Barata (Universidade de Coimbra).

sábado, 14 de março de 2020

BERNARDO SANTARENO|UMA OBRA DE CADA VEZ (6)| «A Promessa»


SINOPSE
«Peça em três actos e três quadros da autoria de Bernardo Santareno, que retrata a tensão no seio de um jovem casal decorrente de uma promessa religiosa de castidade, refletindo-se essa tensão também no círculo da família e amigos». Saiba mais.
Leia também no site do Instituto Camões. De lá: «(...)
Publicada pela primeira vez em 1957, numa edição de autor, juntamente com dois outros textos de teatro, esta peça explora a influência de um catolicismo fervoroso numa comunidade piscatória portuguesa de meados do século XX, num jogo de forças entre o poder da fé, os impulsos da natureza e os instintos humanos, trazendo à luz temáticas sensíveis como a frustração sexual. Levada à cena pelo Teatro Experimental do Porto em 1957, a peça foi rapidamente retirada de cena, por força da censura, só voltando a ser autorizada a sua subida aos palcos dez anos depois.
A escrita de Santareno enquadra-se numa nova forma de escrita – em termos de temas e de linguagem – que acompanhou o movimento de grupos de teatro experimental que começou a surgir em Portugal nos anos 40 (como o Teatro-Estúdio do Salitre e a Casa da Comédia), e onde se integrou o Teatro Experimental do Porto já nos anos cinquenta. O autor aborda problemáticas sociais como é o caso aqui da superstição religiosa que é contestada à luz da racionalidade e da própria natureza humana. (...)».


NECESSARIAMENTE, A PROGRAMAÇÃO DO CENTENÁRIO BERNARDO SANTARENO NÃO ESTÁ IMUNE AOS TEMPOS


DA CINEMATECA NACIONAL:

«Cara Fernanda Lapa,
Confirma-se o encerramento da nossa actividade pública a partir de hoje e até ao dia 6 de abril (reabertura ainda condicionada pela evolução desta crise). Logo que possível volto a entrar em contacto consigo com uma proposta de novas datas para as sessões do ciclo Bernardo Santareno. É possível que sejam remarcadas ainda para abril mas dada a necessidade de conciliar vários compromissos afectados por este encerramento não è de pôr de lado a hipótese de terem lugar só em maio.
Cumprimentos cordiais
Nuno Sena» 


E OUTROS ENCERRAMENTOS HÁ E HAVERÁ ... 

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A propósito: «Giorgio Barbiero, diretor artístico do Teatro de Roma, anunciou a transmissão em streaming da leitura de textos fundamentais, a começar pelo “Decameron”, com o propósito de desmontar a infeção do medo» . Veja aqui.




terça-feira, 10 de março de 2020

«BERNARDO SANTARENO 1920-1980: O TEATRO COMO SOBERANIA E RESISTÊNCIA» | Exposição na Assembleia da República | DE 18 MAR A 10 ABR 2020



«No âmbito das Comemorações Nacionais do Centenário de Bernardo Santareno, a Assembleia da República acolhe a exposição “Bernardo Santareno 1920-1980: O Teatro como Soberania e Resistência”, da autoria da Sociedade Portuguesa de Autores.
A mostra é composta por 25 painéis com imagens e documentos sobre a vida do dramaturgo português, que, como refere José Jorge Letria, “escreveu e viveu com combatividade e empenho no Portugal da ditadura que frequentemente censurou os seus textos e proibiu os espetáculos que os tinham como base”». Saiba mais.



sábado, 7 de março de 2020

HÁ MOMENTOS QUE NOS ENCHEM | A Primeira Leitura da Maratona Santareno estará nessa situação




«Acabadinha» de acontecer (o beberete prometido    ainda deve estar a decorrer) a Leitura de «O Punho»,  a que nos referimos aqui e neste endereço, prevista na Maratona Santareno do Centenário, e que assinala também o aniversário da Escola de Mulheres, e a quente:não se pode deixar de reparar na afluência e em especial na juventude da maioria  dos presentes. Decorreu tudo de forma tão harmoniosa, e envolvente,  que parecia resultado de aturados ensaios. E aquela participação de actores e actrizes dá-nos uma certeza: por este lado o Teatro em Portugal vai florescer ... Dói não os vermos de forma continuada, permanente e sistemática nos «Palcos» por esse  País fora. E a beleza daquele coro feito pela audiência deve-se certamente também a eles que povoavam a sala. Sim, houve momento que até «arrepiou», porque não se suporia que funcionasse tão bem.    A Fernanda Lapa no fim disse que ainda gostava de encenar «O Punho». Pelo que foi dado observar, e se quiser escolher os protagonistas de entre os que fizeram esta LEITURA, a dificuldade vai ser escolher. Que venha a próxima Leitura! É no 25 de Abril. E aguardamos «O Punho» numa sala perto de nós ... E já que estamos em vésperas do Dia Internacional das Mulheres: mas que mulheres inesquecíveis aquelas que dominam esta obra de Bernardo Santareno, mostrando, aliás, traço tão reconhecido nas suas peças. 
Por último, aquilo começou logo bem: no início, em Palco, por poucos minutos, mas intensos, Domingos Abrantes falou dos tempos da Reforma Agrária, que a maioria da assistência já só sabe pelo que ouvirá contar. Ter ali uma figura daquelas foi certamente um privilégio, e ajudará a perceber o contexto de «O Punho» em futuros trabalhos.



sexta-feira, 6 de março de 2020

A PROPÓSITO DA PEÇA «NÃO DEIXES QUE A NOITE SE APAGUE» (QUE INTEGRA O CENTENÁRIO BERNARDO SANTARENO) O ENCENADOR SILVA HENRIQUES FALOU AO «ABRIL/ABRIL»



Um excerto:
«A peça que, em 2009, recebeu o Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno, é agora levada à cena pela primeira vez. Estreou na passada sexta-feira e estará em cena até final de Abril, com sessões às sextas e sábados, às 21h30, no Auditório Municipal Lourdes Norberto, em Linda-a-Velha (concelho de Oeiras).
O espectáculo conta-nos a história de Ricardo, que encontra asilo na casa de Isabel e Teodomiro, por ser perseguido pela polícia política. O inspector da PIDE, Antunes do Ó, faz da pensão das redondezas o seu gabinete de delações.
O elenco é composto por André Levy, Dina Santos, Fábio Nóbrega Vaz, Fernando Ramos, João José Castro, Joâo Manuel Pinho, Kate Camilo, Paulo Miguel Almeida Pereira, Samuel Cardita e Teresa Neves.
AbrilAbril: Esta peça é levada à cena, pela primeira vez, 11 anos depois de ser publicada e premiada. Por que razão decidiram agora apresentá-la? (...)». Continue a ler.

O «TEATRO DO NOROESTE CENTRO DRAMÁTICO DE VIANA» PROCURA ATORES DO SEXO MASCULINO ENTRE OS 25 E OS 65 ANOS COM DISPONIBILIDADE ENTRE 12 DE MAIO A 15 DE JULHO 2020



«O Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana procura atores do sexo masculino, entre os 25 e os 65 anos, com disponibilidade durante o seguinte período de tempo: 12 de maio a 15 de julho. As audições realizam-se a 18 e 19 de março de 2020, no Café Concerto do Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo.
Os interessados devem enviar um e-mail de pré-inscrição parageral@centrodramaticodeviana.com.  O e-mail deve conter as seguintes informações: nome, idade e eventual experiência na área.

A data limite de pré-inscrição é a 17 de março».


terça-feira, 3 de março de 2020

A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA NO CENTENÁRIO BERNARDO SANTARENO | Convite à SeivaTrupe:TeatroVivo para apresentar na Sala do Senado, no Palácio de São Bento, «O Crime de Aldeia Velha» | 8 ABR 2020



«A Assembleia da República convidou a SeivaTrupe:TeatroVivo para apresentar na Sala do Senado, no Palácio de São Bento, "O CRIME DE ALDEIA VELHA". Trata-se de uma iniciativa rara, embora não única. Mas é um reconhecimento simultâneo da obra de Bernardo Santareno, do ciclópico esforço da Comissão das Comemorações do Centenário do seu Nascimento e da qualidade e importância da emblemática Companhia-Bandeira do Norte, à qual me foi dada a incumbência de a dirigir artisticamente desde Abril de 2019.  

Esta distinção na Casa da Democracia é uma honra e acarreta simultâneamente uma enorme responsabilidade: da Companhia para com o prosseguimento de 47 anos de Serviço Público; e das tutelas, governamental e autárquica, para viabilizarem a continuidade de uma estrutura que um 'Júri' quis, em nome da DGArtes e a partir da sua incompetência, liquidar, em conjunto com outras estruturas de reconhecido mérito. Mas com toda a serenidade e confiança temos esperado que a Ministra da Cultura encontre resposta para tal desmando. Porém, como data-limite de resistência fica o final do mês em curso: não por capricho, mas porque todos os meios ficam completamente exauridos.

Assim, a 8 de Abril, na Assembleia da República, ou a SeivaTrupe:TeatroVivo já sabe o que pode vir a anunciar para o resto de 2020 ou pode dissolver-se ela mesma! Não deixaria de ser uma ironia. Mas acreditemos, MESMO, que não. Acreditamos».

Saudações do
Castro Guedes